quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Ricardo Amorim - Desde as eleições, Lula atacou o teto de gastos...

Ricardo Amorim via LinkedIn

Desde as eleições, Lula atacou o teto de gastos, aumentou significativamente os gastos públicos e revogou 8 processos de privatizações de estatais e o impedimento de indicação de políticos para diretorias das estatais. Aumento de preocupações com a solvência brasileira e fragilização das fizeram as cerca de 400 empresas brasileiras cotadas na B3 perderem R$546 bilhões de valor de mercado desde as eleições. Imagine só a destruição total de valor para as 20 milhões de empresas que temos no país.

“Ah, mas eu não invisto em Bolsa, nem sou dono de empresa. Para mim, não faz diferença”. Infelizmente, isso não poderia estar mais distante da verdade.
Cada trabalhador brasileiro que não investe em Bolsa vai pagar, e caro, a conta também.
O valor das empresas determina sua capacidade de acesso a financiamento. Empresas que valem mais conseguem mais crédito no mercado. Quando o valor da empresa cai, sua capacidade de se financiar também cai.
Já a capacidade de financiamento das empresas determina quanto elas conseguem investir, o que por sua vez determina quantos empregos elas criam.
E o balanço entre a quantidade de empresas buscando gente para trabalhar versus a quantidade de gente procurando emprego determina os salários em um país. Com menos oferta de empregos, os salários caem.
Em resumo, a queda brutal da Bolsa está avisando que estas decisões do governo Lula condenarão milhões de brasileiros ao desemprego e dezenas de milhões de outros brasileiros a terem salários mais baixos.
E isso sem nem contar a elevação da inflação e dos juros que a alta do dólar também vai causar…

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Ricardo Amorim - Fronteconômico | O Mercado não existe

Publicado em 21 de dezembro de 2022.

Via LinkedIn.


Ricardo Amorim 

Economista mais influente do Brasil de acordo com a Forbes, maior influenciador brasileiro no LinkedIn e ganhador do Prêmio iBest de Economia e Negócios.


Vim aqui te contar um segredo. O mercado não existe. Essa ideia de mercado como um grupo de três ou quatro pessoas que se reúne e faz com que as coisas aconteçam do jeito que elas gostariam simplesmente não existe. Na verdade, qualquer mercado nada mais é do que a soma de todos os envolvidos naquela atividade.

Por exemplo, se a gente falar do mercado de arroz, quem é o mercado de arroz? Quem produz arroz, quem consome arroz, quem transporta arroz; todos juntos formam o mercado de arroz.
No mercado financeiro, igualzinho. Ele é a soma de todos que poupam um dinheirinho e todo o mundo que vai buscar um dinheiro emprestado para alguma coisa, por exemplo, empresas que vão fazer uma fábrica nova, que vão investir em um novo produto ou que vão contratar alguém.

A parte importante: como o mercado inclui todo o mundo, estamos todos no mesmo barco. Não existe nós contra eles, uns contra os outros; muito pelo contrário. Por exemplo, o que move o dólar, a Bolsa e os juros é a confiança que empresários e consumidores têm no futuro da economia do país. Se empresários e investidores estão confiantes, eles colocam mais dinheiro no país, a Bolsa sobe e o dólar, a inflação e os juros caem. Consumidores confiantes no futuro vão às compras, fazendo as empresas venderem mais, o que aumenta a confiança dos empresários, que ficando mais confiantes, contratam mais, elevando a confiança dos consumidores, em um círculo virtuoso.
O contrário também é verdade. Empresários e investidores preocupados com o futuro da economia param de investir e contratar. Com menos empregos disponíveis, consumidores também ficam preocupados com o futuro e seguram seus gastos, reduzindo a venda das empresas, o que derruba ainda mais a confiança dos empresários, em um círculo vicioso

Exatamente porque estamos todos no mesmo barco, a força da economia e a disponibilidade de recursos para projetos sociais andam de mãos dadas.
Para qualquer país cuidar do social como ele merece, ele precisa de dinheiro. E para ter mais dinheiro, a economia precisa estar forte. Quanto mais forte a economia, maior a arrecadação de impostos e mais recursos para projetos sociais.

Estamos todos no mesmo Brasil. Se queremos mais recursos para projetos sociais, investimentos em infraestrutura, segurança pública, saúde e educação não só no ano que vem, mas sempre, precisamos fortalecer a confiança na economia brasileira. Por isso, equilíbrio fiscal é tão importante.
Um mercado mais forte, com empresários e consumidores mais confiantes significa uma vida melhor para todos os brasileiros, com mais empregos, salários mais altos, mais consumo, mais recursos para projetos sociais e melhor qualidade de vida. Todos ganham. Ganham trabalhadores, ganham empresários, ganham os mais necessitados.

Em resumo, o mercado somos nós, todos nós e o objetivo de qualquer governo tem de ser propiciar uma vida melhor para todos os brasileiros, cuidando com todo o carinho tanto da parte social quanto da economia.


sábado, 11 de julho de 2020

Introdução ao Mercado de Capitais: Operações com Ações

Stock, Trading, Monitor, Business
O mercado de capitais "engloba as operações financeiras de médio e longos prazos, como a emissão de debêntures, e as de prazo indeterminado, como as operações com ações" (LUND; SOUZA & CARVALHO, Mercado de Capitais, 2012, grifei).

O mercado de capitais prevalece com função de grande importância no âmbito do desenvolvimento econômico. Trata-se do relevante fornecedor de recursos para a economia. Tal mercado atende às necessidades de investimentos dos players econômicos, através de vários modos de financiamentos para capital de giro e capital fixo (máquinas, equipamentos, prédios e instalações). "Oferece também recursos com prazo indeterminado, como as operações que envolvem a emissão de ações". (2012)

Falemos, então, sobre ações...

Os autores (LUND; SOUZA & CARVALHO) esclarecem: "as ações representam um dos principais ativos que compõem o mercado de capitais". As empresas necessitam de ações para obter recursos para desempenhar suas atividades econômicas. Para tanto, devem se constituir sob a modalidade de sociedade anônima. Tais sociedades podem ser de capital fechado ou aberto. Só as de capital aberto podem negociar ações nas bolsas de valores.

A esta altura, a leitora e o leitor devem estar se perguntando: Afinal, o que é uma ação?

Pois bem...

Conforme a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), "ações são títulos nominativos negociáveis que representam, para quem as possui, uma fração do capital social de uma empresa" (grifei).

Assim...

"Quando a empresa é formada, ela recebe recursos de seus proprietários, e esses recursos vêm a formar o chamado capital social da empresa. Em troca dos recursos fornecidos, os proprietários recebem ações". (LUND; SOUZA; CARVALHO, grifei)

Podemos dizer, em outras palavras...

O investidor adquire uma parte pequena da empresa. Por esta simples fração, que será utilizada nos empreendimentos da empresa, o acionista recebe parte de seus rendimentos. Tais operações devem ser realizadas através das negociações pela Bolsa de Valores.

Encerrando...

"Portanto, o acionista é o dono de parte do capital da empresa proporcional à quantidade de ações que tem, o que significa que é solidário com o futuro da companhia, recebendo remuneração por seu investimento apenas se esta apresentar lucro". (OLIVEIRA & PACHECO, 2017)

Referências

Mercado de capitais (FGV Management) eBook: Lund, Myrian Layr ...

LUND; SOUZA; e CARVALHO. Mercado de capitais. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012.

Arquivos 3 - Livraria Erdos

OLIVEIRA & PACHECO. Mercado Financeiro. São Paulo: Editora Fundamento Educacional, 2017.

Noções sobre Mercado Cambial

Money, Coin, Investment, Business
O mercado financeiro de um Estado subdivide-se em 04 setores: 1) mercado monetário; 2) mercado de crédito; 3) mercado de câmbio; e 4) mercado de capitais. Para efeitos desta reflexão abordaremos o mercado de câmbio.

A ocorrência de não se aceitar moedas estrangeiras na quitação das exportações, nem a moeda nacional na quitação das importações, forma-se o alicerce de um mercado em que são compradas e vendidas as moedas dos vários países (mercado cambial). (RATTI, Comércio Internacional e Câmbio, 1997)

Em outras palavras...

O mercado de câmbio "contempla as operações de conversão (troca) de moeda de um país pela de outro. Conforme Assaf Neto (2009), esse mercado reúne empresas que atuam no comércio internacional, instituições financeiras, investidores e bancos centrais que tenham necessidades de realizar exportações e importações, pagamentos de dividendos, juros e principal de dívidas, royalties e transferências de capitais e outros valores". (LUND; SOUZA; e CARVALHO, Mercado de capitais, 2012).

Ainda...

"Como, em geral, cada país possui sua própria moeda, quando um agente econômico de uma determinada nação precisa relacionar-se com um agente econômico de outra, torna-se necessário estabelecer o valor de sua moeda em relação à moeda do outro país, ou seja, a taxa de câmbio". (OLIVEIRA; PACHECO, Mercado Financeiro, 2017)

A política cambial se refere à gestão da taxa de câmbio do Estado, que evidencia o controle do preço da moeda desse Estado, com relação às moedas dos diversos Estados e que fundamentará as relações dos agentes econômicos do Estado (famílias, empresas e governo) com os agentes econômicos dos outros Estados. (2017)

Ou seja...

Pode-se dizer que o mercado de câmbio se trata do local onde são realizadas trocas monetárias basicamente entre países, para a adequação do valor da moeda de cada país, a cada transação econômica entre Estados.

Referências

LUND; SOUZA; e CARVALHO. Mercado de capitais. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012.

OLIVEIRA & PACHECO. Mercado Financeiro. São Paulo: Editora Fundamento Educacional, 2017.

RATTI, Bruno. Comércio Internacional e Câmbio. 9a. edição. São Paulo: Aduaneiras, 1997.

domingo, 5 de julho de 2020

Introdução ao Direito Econômico

Lady Justice, Legal, Law, Justice
Apesar de ao longo do tempo terem ocorrido reflexões espalhadas daquilo por que conhecemos como Direito Econômico, tal ramo jurídico aparece com marcos científicos e metodológicos próximo de 1912 na Alemanha, em um congresso de juristas.

O referido congresso aprovou um Manifesto tido por Manifesto por um Direito Moderno ou por um novo Direito em que se sugeria uma revisão na metodologia de exame e de aplicação do Direito, diante das últimas alterações sucedidas na sociedade da Alemanha.

No rumo de tais sugestões e, depois do intervalo da I Guerra Mundial, a nova Constituição da República Alemã inseriu um trecho a respeito da Vida Econômica, em que constava o princípio pelo qual "a propriedade obriga", fonte do conceito de função social da propriedade e do contrato.

Partindo dessa base constitucional, os juristas alemães iniciaram a redação da doutrina desse direito. Tal direito destinava-se a regular a função do Estado no sistema econômico, a impactar a sua relação com o mercado.

Até o momento em vigor, o sistema descentralizado possuía como seu equivalente jurídico uma estrutura na figura de uma árvore jurídica, separada em dois ramos essenciais: Direito Público e Privado. Tal árvore não enquadrou bem o novo direito.

Tal ocorrência levou os juristas a refletirem sobre diversas interpretações, verdadeira "Babel interpretativa".

Em resumo, o Direito Econômico pode ser visualizado de três modos diversos: 1) método de exame e aplicação de suas normas jurídicas; 2) conjunto de normas autônomas na sua concepção e endereçamento, mas que se inserem nos diferentes ramos da antiga árvore; e 3) um ramo autônomo, com princípios e metodologias próprios.

Não custa lembrar que o Direito Econômico detém uma Parte Geral e uma Especial.

A primeira abrange todas as normas aplicáveis ao sistema econômico em seu todo. Como exemplos, as leis antitrust, as de tutela do consumo, as de proteção ecológica e as relativas às agências reguladoras. Além disso, se inserem as normas de política econômica.

A segunda, por fim, abriga a regulação vertical, isto é direcionada à normatização de setores particulares da economia, tais como o direito das águas, telecomunicações, petróleo e energia.

Referência

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NUSDEO, Fábio. Curso de Economia: Introdução ao Direito Econômico. 7a. edição. São Paulo: RT, 2013.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Inflação no Brasil

Money, Finance, Mortgage, Loan
Antes de tudo é preciso conceituar inflação. O que vem a ser inflação?

"A inflação é definida como um aumento contínuo e generalizado no índice de preços, ou seja, os movimentos inflacionários são aumentos contínuos de preços, e não podem ser confundidos com altas esporádicas de preços. O aumento de um bem ou serviço em particular não constitui inflação, que ocorre apenas quando há um aumento generalizado da maioria dos bens e serviços" (Vasconcellos & Garcia, 2019, grifo dos autores)


É possível dizer que a inflação está ou esteve presente em algum momento no Brasil. Durante muito tempo esteve marcante em épocas passadas, sendo controlada com o plano Real em 1994. No decorrer da história econômica brasileira, diversas políticas e planos econômicos foram impostos na tentativa de controlar a inflação, todavia, sem sucesso.

Como exemplos relativamente recentes, podemos citar planos como o Plano Bresser e o Plano Verão e, posteriormente, o Plano Collor. Foram planos que "utilizaram o congelamento de preços e salários para tentar conter o processo inflacionário brasileiro. No entanto, todos esses planos, mesmo partindo de uma avaliação relativamente correta do processo inflacionário brasileiro, falharam ao relegar políticas ortodoxas de controle de demanda, em especial na questão do controle do déficit público". (Vasconcellos & Garcia, 2019)

Falemos, então, do Plano Real...

O Plano Real

"Em 1994, no governo Itamar Franco, tendo como ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, implementou-se o Plano Real. Este, por sua vez, reconhecendo que as principais causas da inflação brasileira estavam no desequilíbrio do setor público e nos mecanismos de indexação, representou um avanço em relação aos planos anteriores em sua operacionalização". (Vasconcellos & Garcia, 2019, grifo dos autores)

Frente de uma cédula de cem reais, lançada em 1994.
Fonte: Wikipédia.

Saiba mais sobre o Plano Real!

Todavia, o cenário mudou no governo Dilma Roussef, eleita em 2010. Partindo deste ano, a presidente buscou a adoção de uma política "heterodoxa", denominada Nova Matriz Macroeconômica (série de medidas de estímulo ao consumo).

Saiba mais sobre a Nova Matriz Macroeconômica!



Referências

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VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos de Economia. 6a. edição. São Paulo: Saraiva, 2019.

Wikipédia. Plano Real.

Wikipédia. Nova Matriz Macroeconômica.








Economia Internacional

Singapore River, Skyline, Building
As operações internacionais se tratam daquelas que abrangem domiciliados de países diversos. Tais operações não possuem explicação necessariamente distinta das efetuadas no interior de um mesmo país.

A teoria das vantagens comparativas sedimenta que cada país deve se focar na modalidade de produção para a qual seja melhor capacitado. Sua aplicação conduz ao livre cambismo, isto é, a extinção de barreiras ao intercâmbio internacional.

Tal teoria é criticada pelos protecionistas. Estes afirmam na direção do argumento da indústria nascente e para a tendência ao desgaste dos termos de troca contra as exportações dos países não industrializados. Fundamentam, portanto, obstáculos ao comércio internacional no contexto de uma política de industrialização.

A globalização, por seu turno, impacta a liberalização e desregulamentação das trocas internacionais de bens. Tais trocas, contemporaneamente, expõem uma grande participação das transferências de fatores, não se restringindo, como anteriormente, à movimentação de produtos acabados.

Nesse panorama, a balança de pagamentos se torna o registro das operações internacionais de um país, ou seja, as operações cujos pagamentos impactam unidades monetárias variadas.

A balança de pagamentos abrange a balança comercial, de serviços e de capitais. A taxa de câmbio se trata da relação de troca entre 02 moedas. Justifica-se pelos distintos poderes aquisitivos de cada uma das moedas em tela e igualmente pela maior ou menor disponibilidade de uma relacionada à outra.

De modo geral, a taxa de câmbio pode ser entendida como um preço macroeconômico, já que sempre se pode visualizar para ela um nível ótimo que tende a permanecer em equilíbrio a balança de pagamentos.

Finalmente, os bancos centrais de todos os países agem nos mercados de câmbio para manter as oscilações da taxa cambial nos moldes de certas faixas-limite, para não levarem a oscilações indesejáveis na economia de cada país.

Referência

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NUSDEO, Fábio. Curso de Economia: Introdução ao Direito Econômico. 7a. edição. São Paulo: RT, 2013.